A taxa de desocupação, que mede o desemprego no Brasil, caiu para 9,1% no trimestre encerrado em julho deste ano, representando uma queda de 1,4% na comparação com o trimestre anterior, terminado em abril. Esse é o menor patamar atingido desde o trimestre encerrado em dezembro de 2015, quando também foi de 9,1%. O contingente de pessoas ocupadas no período foi de 98,7 milhões, um recorde na série histórica, iniciada em 2012. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada nesta quarta-feira, 31, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Duas atividades influenciaram a queda do desemprego em julho: “Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas”, que teve acréscimo de 692 mil pessoas no mercado de trabalho (3,7%) em comparação com o trimestre anterior, e “Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais”, com incremento de 648 mil pessoas (3,9%).
O aumento de pessoas no mercado de trabalho também foi observado entre trabalhadores domésticos (5,9 milhões de pessoas), que subiu 4,4% frente ao trimestre anterior e para o número de empregadores (4,3 milhões de pessoas), que cresceu 3,9%. O número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado, sem contar com trabalhadores domésticos, também subiu: 1,6% contra o trimestre anterior, alcançando 35,8 milhões. Já a quantidade de trabalhadores por conta própria foi de 25,9 milhões de pessoas, o que significa um crescimento de 1,3%. O número de empregados no setor público foi de 12 milhões, aumento de 4,7% no trimestre.
O número de pessoas empregadas, mas que não possuem carteira assinada bateu um recorde no mesmo período, chegando a 13,1 milhões de pessoas, um aumento de 4,8% em relação ao trimestre encerrado em abril. A taxa de informalidade foi de 39,8% da população ocupada, contra 40% no trimestre anterior e chegou a 39,3 milhões. Entre as pessoas sem ocupação, a população fora da força de trabalho ficou estável em julho e foi de 64,7 milhões de pessoas. Já a população desalentada caiu 5% e chegou a 4,2 milhões de pessoas.