O mercado financeiro aumentou a projeção da inflação oficial do país, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), de 5,96% para 5,98% em 2023, de acordo com o Boletim Focus divulgado pelo Banco Central.
A projeção para 2024 é de 4,14%, enquanto as previsões para 2025 e 2026 são de 4%. Essas estimativas estão acima do teto da meta de inflação definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para este ano, que é de 3,25%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
O BC estima que a chance de a inflação oficial ultrapassar o teto da meta em 2023 é de 83%.
O Banco Central usa a taxa básica de juros, a Selic, como principal instrumento para alcançar a meta de inflação.
A taxa está atualmente em 13,75% ao ano, definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom), e a expectativa do mercado financeiro é que ela encerre o ano em 12,75%.
A projeção é de que a Selic caia para 10% ao ano em 2024, para 9% ao ano em 2025 e para 8,75% ao ano em 2026. Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, mas isso pode dificultar a expansão da economia.
Quando a Selic é reduzida, a tendência é de que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.
PIB e câmbio
A projeção das instituições financeiras para o crescimento da economia brasileira neste ano passou de 0,9% para 0,91%.
Para 2024, a expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – é de crescimento de 1,44%. Para 2025 e 2026, o mercado financeiro projeta expansão do PIB em 1,76% e 1,8%, respectivamente.
A expectativa para a cotação do dólar está em R$ 5,25 para o fim deste ano. Para o fim de 2024, a previsão é de que a moeda americana fique em R$ 5,27.