Horário de verão: Governo avalia retorno por conta da seca

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Horário de verão: Governo avalia retorno por conta da seca

O governo brasileiro está considerando a reintrodução do horário de verão. Essa discussão surge em meio à seca que afeta o país. O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) fez uma recomendação para o retorno dessa medida, que foi suspensa em 2019.

Recomendações do ONS

Um relatório do ONS sugere que o retorno do horário de verão seria prudente. O órgão acredita que essa medida pode ajudar a enfrentar a crise climática e energética atual. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, anunciou que a recomendação será discutida com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Discussão no governo

A decisão sobre o retorno do horário de verão deve ser anunciada nos próximos dez dias. Silveira afirmou que, se adotada, a medida pode entrar em vigor ainda em 2024. No entanto, ele ainda não está convencido da necessidade de reimplantar essa política.

Impactos do horário de verão

O horário de verão foi utilizado pela primeira vez no Brasil em 1931 e se tornou uma medida permanente em 2008. Durante esse período, os relógios eram adiantados em uma hora. O objetivo era reduzir o consumo de energia elétrica, especialmente nos horários de pico.

Histórico e mudanças

Em 2019, o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro decidiu suspender o horário de verão. A justificativa foi que a política não atendia mais ao seu propósito original. Os hábitos de consumo de energia dos brasileiros mudaram, segundo a avaliação do governo.

Consequências da suspensão

Silveira destacou que a suspensão do horário de verão levou o Brasil a uma situação crítica em 2021. O país enfrentou uma escassez hídrica que resultou em um aumento significativo nas contas de energia. O governo precisou contrair um empréstimo de mais de R$ 5 bilhões para lidar com a crise.

Economia e eficiência energética

De acordo com o ONS, a reintrodução do horário de verão pode gerar uma economia de cerca de R$ 400 milhões. Isso se deve ao aumento da exposição da energia solar em comércios e residências, reduzindo a necessidade de acionamento das usinas termelétricas e hidrelétricas.

Alterações no consumo de energia

O estudo do ONS também revelou que o horário de pico da energia mudou. O aumento do consumo em outros períodos do dia, especialmente pela manhã, compensou a redução observada no horário da ponta noturna. Isso indica que o horário de verão pode ainda ter um papel importante na gestão do consumo energético.