A Controladoria-Geral da União (CGU) pretende solicitar ao governo federal uma autorização para a realização de um novo concurso público. De acordo com a CGU, os órgãos federais têm até o dia 31 de maio para protocolarem oficialmente seus pedidos.
No entanto, a CGU ainda não definiu quantas vagas e quais cargos serão solicitados, já que a solicitação ainda não foi realizada. Assim que finalizado, o pedido será enviado ao Ministério da Gestão e Inovação para análise e possível autorização futura.
A ministra Esther Dweck é atualmente responsável pela pasta, e confirmou que estão sendo fechados detalhes junto ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva para as autorizações. Estima-se que o governo federal possa autorizar vários editais em duas levas, sendo a primeira anunciada ainda neste semestre. Até o momento, a lista de órgãos não foi revelada.
CGU também tenta aval para chamar excedentes
Outra demanda que está nos planos da CGU é poder chamar os excedentes do atual concurso público, que ainda está em andamento. Estes, são aprovados que não foram chamados na lista de vagas imediatas e estão aptos à convocação.
A Controladoria-Geral da União enviou um pedido para chamar 93 excedentes, sendo:
- 75 Auditores Federais de Finanças e Controle; e
- 18 Técnicos Federais de Finanças e Controle.
Segundo a CGU, a solicitação foi feita com base em alguns fatores centrais, sendo eles:
► a situação atual da força de trabalho da CGU;
► as medidas adotadas para otimizar a utilização da força de trabalho;
► o retorno financeiro e social gerado pela CGU; e
► a adequação à nova Estrutura Organizacional.
Ainda não há previsão de autorização, mas o pedido já foi enviado à pasta responsável atualmente pela autorização de concursos, provimentos e nomeações.
Recentemente, José Celso Cardoso Júnior, que é assessor especial da ministra Esther Dweck, falou sobre a chamada de mais aprovados da CGU e destacou que é uma das prioridades do atual governo – antes mesmo da abertura de novos concursos federais.
“Esther já havia informado que, antes de cogitar a abertura de novos concursos, a prioridade seria pelo aproveitamento dos certames em aberto, como é o caso da CGU e da Abin, com o chamamento de 25% dessas carreiras”, disse Marques.
Concurso CGU preencheu 375 vagas
A Controladoria-Geral da União já recebeu uma autorização para o provimento de todas as oportunidades imediatas. As nomeações autorizadas pela Economia são equivalentes à oferta do edital de abertura, sendo:
- 300 postos de auditor federal de finanças e controle; e
- 75 postos de técnico federal de finanças e controle.
O edital do concurso CGU foi publicado com esta oferta, ou seja, todas as vagas imediatas puderam ser preenchidas. Os ganhos da CGU são bem atrativos e chegam a R$19 mil mensais, com o regime de contratação estatutário, que garante a estabilidade.
Presidente do Unacon Sindical, Bráulio Cerqueira enfatiza a necessidade da convocação de mais aprovados e diz que se dá por conta de vários fatores. Um deles é a quantidade de servidores que já cumprem os requisitos para aposentadoria.
“20% da força de trabalho da CGU está em abono permanência. E agora o governo tem aí uma boa oportunidade para, em parte, recompor o quadro de pessoal e fortalecer o órgão”, destacou Cerqueira.
Ainda segundo o presidente do sindicato, o quantitativo de servidores já empossados “foi insuficiente para recompor a força de trabalho do órgão, que atualmente opera com menos da metade da dotação legal.”
Remunerações
Para o técnico de finanças e controle, de requisito de nível médio, a remuneração é de R$7.283,31, para carga de trabalho de 40 horas semanais.
Já o auditor federal de finanças e controle, carreira de nível superior em qualquer área, as remunerações iniciais são de R$19.655,06. A carga de trabalho também é de 40 horas semanais.
Os valores já incluem o auxílio-alimentação de R$458 para os servidores federais. Há reserva para pessoas com deficiência e negros. O prazo de validade do concurso será de dois anos, podendo chegar a quatro. Ao longo desse prazo, a CGU convocará os aprovados e poderá contratar os excedentes. Com informações de Folha Dirigida.