Após assumir a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo, no início de janeiro, o policial militar da reserva Guilherme Derrite identificou o déficit funcional e a necessidade de novos concursos. Com isso o mesmo anunciou a elaboração de um plano emergencial para recompor o efetivo das polícias do Estado.
A ideia é reduzir a carência de pessoal na Polícia Civil, Polícia Técnico-Científica e Polícia Militar de São Paulo.
“Ontem (3 de janeiro), eu tive uma reunião com o comandante da Polícia Militar, e daqui a pouco terei com o delegado-geral, doutor Artur Dian, sobre a Polícia Civil, para falar sobre efetivo para que eles apresentem um plano emergencial de recomposição do efetivo. Hoje na Polícia Civil é maior ainda a defasagem, mas a Polícia Militar ultrapassa 12%”, disse o secretário, em entrevista à Rádio Cruzeiro, no dia 4 de janeiro.
De acordo com Guilherme Derrite, o plano emergencial de concursos deve buscar recompor os efetivos o ‘mais breve possível’. Porém, em função do tempo para seleção e formação dos policiais, o governo quer completar os quadros no decorrer dos quatro anos de mandato.
Conforme dados da Divisão de Administração de Pessoal (DAP) da Polícia Civil SP, até agosto do ano passado, o déficit era de 11.853 agentes na corporação.
Em 2022, o então governador Rodrigo Garcia autorizou a contratação de 3.500 policiais civis, distribuídas entre as seguintes carreiras:
- Delegado: 552 vagas;
- Médico Legista: 116 vagas;
- Perito Criminal: 249 vagas;
- Investigador de Polícia: 1.250 vagas;
- Escrivão de Polícia: 1.333 vagas.
Todas as carreiras exigem nível superior e oferecem salários de até R$12 mil. A proposta do governo é que parte dessas contratações autorizadas seja para os concursos que estão em andamento (para os cargos de delegado, investigador e escrivão) e parte para novas seleções.
Em 2022, o delegado diretor da Divisão de Administração de Pessoal (DAP) da corporação, Gilson Cezar Pereira da Silveira, revelou que a intenção era publicar novos editais em janeiro de 2023.
“A nossa perspectiva é lançar os editais no começo do próximo exercício (2023). Já para janeiro. Esse é o nosso planejamento”, disse o diretor, em entrevista realizada em setembro.
Até o momento, demais informações sobre um novo concurso PC SP ainda não foram divulgadas pela corporação.
Concurso PC SP 2023 deve ter provas até junho
Como informado pelo diretor da Divisão de Administração de Pessoal (DAP), as provas do novo concurso PC SP devem ser realizadas no primeiro semestre de 2023.
Questionado se a Fundação Vunesp será mantida como banca organizadora do concurso, o delegado destacou que: “mantida a regra, com certeza”.
“A banca organizadora é contratada por dispensa de licitação e precisa nos oferecer o menor preço. A Academia de Polícia faz uma pesquisa de mercado para verificar os preços praticados. Se o preço da Vunesp for o menor/melhor, ela pode ser contratada pela administração pública. Caso não ocorra, é necessário fazer uma licitação”.
Diante desse cenário, Gilson Cezar apontou que: “caso seja possível, a Fundação Vunesp será nossa parceira para os próximos concursos e, consequentemente, ganhamos um tempo porque não será preciso fazer uma licitação”.
A estrutura de provas dos próximos editais será mantida e seguirá os padrões dos concursos de 2022. Diante disso, não terá cobrança de teste de aptidão física (TAF). Em 2014, foi feito um ajuste na Lei Orgânica que retirou a obrigatoriedade do teste físico.
No conteúdo programático das provas, por sua vez, devem ser feitas atualizações, sobretudo de leis que foram publicadas e/ou atualizadas.
“Cada concurso tem a obrigação de fazer a atualização. Sempre há um debate interno sobre quais assuntos e disciplinas serão abordados. A gente defende a questão da Informática, por exemplo, porque hoje você precisa de policiais que tenham conhecimento dessa área”, ressaltou Gilson Cezar.
Principais informações do concurso PC SP
- Situação: previsto
- Cargos: a definir
- Vagas: a definir
- Provas até junho
- Edital em 2023