Presidente do Ibama confirma concurso e 2 mil novos brigadistas

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O presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Rodrigo Agostinho, tomou posse na terça-feira, 28. Ele afirmou que a atual estrutura do órgão é ‘muito menor’ do que a necessária e que um novo concurso público Ibama 2023 será realizado. 

“Ao longo do tempo, iremos recuperar a estrutura ideal do órgão. Nós faremos concurso, reabriremos escritórios que foram fechados para que tenhamos uma política robusta. Hoje, não temos a estrutura necessária para poder fazer a diferença, mas essa diferença é necessária”, informou, em resposta à jornalistas, após a cerimônia de posse.

O presidente também sinalizou que novas convocações de aprovados no último concurso Ibama, aberto em 2021, podem ser feitas em breve. Segundo Agostinho, parte das chamadas já está autorizada e deve ocorrer o mais rápido possível.

“Não conseguimos chamar todos (os excedentes) agora porque depende de autorização presidencial (do presidente da República). Mas vamos chamar uma parte. Gostaria que fosse o mais rápido possível”, disse Agostinho em resposta a uma representante dos aprovados no último concurso Ibama.

Rodrigo Agostinho também anunciou a contratação de, pelo menos, 2 mil brigadistas de combate aos incêndios. A proposta do presidente do instituto é que, até o final de março, o Ibama esteja preparado para fazer qualquer enfrentamento aos incêndios florestais.

O cargo de brigadista tem como requisitos: ser alfabetizado e ter entre 18 e 59 anos completos. Para algumas localidades é necessário ter Certificado do Curso de Formação de Brigadas de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais ministrado pelo Ibama ou ICMBio.

Os últimos processos seletivos para ingresso de brigadistas foram abertos em 2022.

Pedido de novo concurso Ibama é encaminhado ao Governo

Antes mesmo de assumir a presidência do Ibama, Rodrigo Agostinho adiantou que já foi feito um pedido de autorização para um próximo concurso público.  

“Já enviamos um pedido ao Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (responsável por autorizar os concursos federais). Vamos trabalhar para recompor o quadro. Não dá para o Brasil, que tem a maior biodiversidade do mundo, que tem metade de seu território com alguma cobertura vegetal, mesmo que degradada, não ter uma estrutura capaz de atender a tudo isso”, afirmou em entrevista ao Estadão.

Agostinho também ressaltou que o instituto apresenta, hoje em dia, somente 53% do quado total previsto. “A verdade é que a gente tem meio Ibama hoje. Se você considerar todos os funcionários em atividade, são 2.900 servidores”, disse.

Ele completou: “sabemos que, no ano passado, houve uma decisão do Supremo Tribunal Federal, que obrigava o governo passado a fazer concurso. A gestão Bolsonaro paralisou o Ibama, perseguiu os servidores, desmontou o órgão. Estamos trabalhando agora para chamar quem não foi chamado, para fazer um novo concurso”.

O presidente do Ibama disse ainda que o número de contratações de servidores não está fechado. “Mas se eu conseguir ampliar o quadro com cerca de 500 servidores, já seria um alívio importante para nós”, reforçou.

Fonte: Folha Dirigida