No dia 18 de julho, terça-feira, a ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, realizará um anúncio sobre a autorização de novos concursos federais. Uma entrevista coletiva está agendada para as 9h.
Atualmente, não há informações específicas sobre quais concursos serão autorizados. No entanto, há expectativa de que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e a carreira de analista de políticas sociais estejam inclusos na lista.
Esses órgãos e carreiras são considerados prioritários para a reposição de pessoal, mas não foram contemplados nas primeiras autorizações de concursos durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva.
A própria ministra Esther Dweck, responsável por autorizar os concursos federais no governo atual, recentemente informou sobre a pressão do presidente Lula por novos concursos no Ibama e para a carreira de analista de políticas sociais.
“Ele cobrou muito Ibama. Eu expliquei que já tinha um concurso em aberto, mas a gente vai fazer um novo e a gente deve soltar em breve também dos analistas de política social, que é para trabalhar nesses ministérios da área social que cresceram de importância no governo atual e precisam de gente para trabalhar”, disse a ministra em entrevista ao programa Brasil em Pauta, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), exibida no dia 9 de julho.
No que diz respeito ao IBGE, João Villaverde, assessor econômico do Ministério do Planejamento, já confirmou que o concurso para a contratação de novos funcionários está sendo considerado e deve ser autorizado ainda em 2023.
“O Ministério do Planejamento está dando prioridade a esse pedido. No entanto, ele está sendo negociado juntamente com o Ministério da Gestão, que já indicou várias vezes que está favorável e, pelo que entendemos, estamos em uma fase final, na qual estão sendo definidas as quantidades de vagas para cada solicitação”, afirmou o assessor em uma reportagem do Valor Econômico.
Concursos federais têm milhares de vagas autorizadas para 2023
Em 16 de junho, a ministra Esther Dweck realizou uma entrevista coletiva inicial para anunciar a autorização de 4.436 vagas em concursos federais para diversos órgãos e ministérios.
Confira a distribuição:
- Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa): agente de atividades agropecuárias (100); agente de inspeção (100); auditor-fiscal federal agropecuário (200); e técnico de laboratório (40);
- Inmet: analista em ciência e tecnologia (40) e tecnologista (40);
- Incra: analista administrativo (137); analista em reforma e desenvolvimento (446); e engenheiro agrônomo (159);
- MEC: técnico em assuntos educacionais (220);
- Inep: pesquisador-tecnologista em informações e avaliações educacionais (50);
- Capes: analista em ciência e tecnologia (50);
- FNDE: especialista em financiamento (100);
- ICMBio (provimento-adicional): técnico (50); e analista (110);
- MRE: oficial de chancelaria (50+50 mais cadastro);
- INPI: analista (40); pesquisador (40); e tecnologista (40);
- Inmetro: analista executivo (40); e pesquisador (60);
- DNIT: analista administrativo (50); e analista em infraestrutura (50);
- ANM (provimento adicional): especialista em recursos minerais (24);
- MME/PGPE: administrador (30);
- Carreiras Transversais ATE: analista de infraestrutura (300) – aprovados podem ser lotados em diferentes ministérios;
- Carreiras Transversais ATI: analista em tecnologia (300) – aprovados podem ser lotados em diferentes ministérios;
- Ministério do Trabalho e Emprego: auditor-fiscal do trabalho (900);
- CNPq: analista em ciência e tecnologia (50);
- Censipam: analista em ciência e tecnologia (50);
- Ministério da Saúde – CPST e C&T: tecnologista (220);
- Fiocruz: analista de gestão em saúde (100); pesquisador em saúde pública (100); e tecnologista em saúde pública (100).
Conforme a autorização, os órgãos e ministérios têm um prazo de até seis meses, ou seja, até dezembro, para publicar os editais dos concursos. Além disso, o intervalo entre a publicação dos editais e a realização das provas foi reduzido de quatro para dois meses.
A intenção do governo, de acordo com a ministra Esther, é ter os editais e as provas dos concursos realizados ainda em 2023.
Já foram autorizadas outras 9.585 vagas em concursos federais
Nos primeiros meses do ano, o Governo Federal já havia autorizado a abertura de 9.585 vagas para diversos órgãos.
O primeiro concurso federal anunciado em 2023 foi o de Diplomata, em março, que exige formação superior em qualquer área e oferece salários a partir de R$21.000.
O Ministério da Ciência e Tecnologia em Inovação também recebeu autorização para preencher 814 vagas nos cargos de analista, pesquisador e tecnologista. Todas as posições exigem formação superior e oferecem salários entre R$13.718,81 e R$16.798,48.
O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) recebeu autorização para 98 vagas destinadas ao cargo de analista ambiental, que exige formação superior em qualquer área. Os salários para essa posição serão a partir de R$10.000.
Outro concurso autorizado é para a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), com a abertura de 502 vagas, sendo 152 para o cargo de agente em indigenismo de nível médio e 350 para diversos cargos de nível superior. Os salários serão a partir de R$5.349,07 para o cargo de nível médio e de R$6.420,87 para nível superior.
Em maio, o IBGE também recebeu autorização para realizar um processo seletivo com mais de 8.000 vagas, mas para contratação temporária.
As oportunidades estão distribuídas da seguinte forma:
268 vagas:
- Codificador: 120 vagas;
- Agente censitário de mapeamento: 148 vagas.
7.873 vagas:
- Nível médio: agente de pesquisas e mapeamento (6.742) e agente de pesquisa por telefone (276);
- Nível superior: supervisor de coleta e qualidade (806) e supervisor de pesquisa (49).