No Rio de Janeiro, RJ, o governo federal está planejando mudanças nos concursos públicos federais, visando priorizar habilidades analíticas dos candidatos em detrimento da simples memorização de conteúdos. Segundo Roberto Pojo, secretário de Gestão e Inovação do governo, a intenção é capturar habilidades cognitivas mais amplas, ao invés de se focar exclusivamente em conhecimento superficial de leis e regulamentos.
De acordo com Pojo, as mudanças estão em fase de discussão confidencial, mas espera-se que os próximos editais de concursos reflitam as novas diretrizes. O objetivo é não apenas garantir uma seleção mais justa, mas também aumentar a diversidade entre os candidatos, já que o modelo atual muitas vezes favorece aqueles que têm a capacidade de se dedicar integralmente aos estudos.
Além disso, o governo federal pretende fortalecer a frequência de concursos para evitar lacunas prolongadas no ingresso de novos servidores, visando manter a estabilidade e evitar desequilíbrios geracionais entre os funcionários. Outra medida inclusiva é a implementação de um concurso nacional unificado, permitindo que os candidatos concorram a diversas vagas com uma única taxa de inscrição.
Além das mudanças nos concursos, o governo está trabalhando para promover a diversidade no serviço público, incluindo a ampliação de cotas para líderes mulheres e pessoas negras. Para facilitar a comunicação com o cidadão, estão planejando um projeto de linguagem simplificada em colaboração com a Advocacia-Geral da União.
Por fim, a pasta também está revendo o decreto de governança de 2017 para fortalecer os comitês de ética, garantindo que esses espaços sejam menos suscetíveis a interferências políticas e permaneçam seguros para os servidores, mesmo com a troca de governos.
Roberto Pojo, de 50 anos, é o atual Secretário de Gestão e Inovação do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos. Graduado em ciência política pela Universidade de Brasília, ele possui 28 anos de experiência no setor público, tendo atuado em vários ministérios, como o de Economia, Desenvolvimento Social e na Presidência da República.