O Ministério da Gestão e Inovação (MGI) anunciou o novo cronograma para o Concurso Nacional Unificado (CNU), após firmar um acordo judicial no Núcleo Central de Conciliação do Tribunal Regional Federal da 1ª Região. Esse acordo garantiu a continuidade do processo seletivo, reintegrando 32.260 candidatos anteriormente eliminados, que agora estão habilitados para a correção da prova discursiva.
Atualização no Cronograma do CNU
De acordo com o novo cronograma, as datas importantes são:
- 25 de novembro de 2024: Divulgação dos resultados das provas objetivas para candidatos incluídos.
- 4 e 5 de dezembro de 2024: Período para envio de títulos.
- 6 de dezembro de 2024 a 10 de janeiro de 2025: Análise de títulos.
- 9 de dezembro de 2024: Divulgação das notas preliminares das provas discursivas e redações.
- 9 e 10 de dezembro de 2024: Período para pedidos de revisão das notas das provas discursivas e redações.
- 20 de dezembro de 2024: Resultado dos pedidos de revisão.
- 23 de dezembro de 2024: Convocação para verificação da condição de candidatos que concorrem às vagas reservadas para negros.
- 6 a 10 de janeiro de 2025: Perícia médica para candidatos que se declararem com deficiência.
- 11 e 12 de janeiro de 2025: Verificação de candidatos concorrendo às vagas para negros e indígenas.
- 15 de janeiro de 2025: Resultado preliminar da avaliação de títulos.
- 17 de janeiro de 2025: Divulgação dos resultados preliminares das avaliações para vagas reservadas e avaliações biopsicossociais.
- 11 de fevereiro de 2025: Divulgação do resultado final do concurso.
Impacto Financeiro do Novo Cronograma
Em coletiva de imprensa, o coordenador-geral de Logística do CNU, Alexandre Retamal, informou que a mudança no cronograma resultou em um impacto financeiro de 3,5%, equivalente a R$ 4,5 milhões, sobre o custo total do concurso, que é de R$ 130 milhões.
A Polêmica dos “Sem Bolinhas” e a Reintegração de Candidatos
O concurso foi marcado por uma polêmica envolvendo a eliminação de candidatos apelidados nas redes sociais de “sem bolinhas”. Esses candidatos alegaram falhas de orientação por parte dos fiscais no dia da prova, o que resultou em marcações incorretas nos gabaritos e transcrições erradas da frase do caderno de questões.
Após uma análise, muitos desses candidatos foram inicialmente desclassificados, mas, devido ao acordo judicial firmado pelo MGI com o apoio de entidades como o Ministério Público Federal e a Advocacia-Geral da União, eles foram reintegrados ao processo seletivo.
Pontos Principais do Acordo Judicial
O acordo firmado incluiu os seguintes compromissos por parte do MGI:
- Correção das Provas Discursivas: Foi garantida a correção, em quantidade equivalente aos candidatos de ampla concorrência, das provas discursivas e redações dos candidatos concorrendo a vagas reservadas para negros que alcançaram a nota mínima.
- Inclusão de Prova de Títulos para Analista Técnico de Políticas Sociais: Os editais dos Blocos 4 e 5 foram retificados para incluir a prova de títulos como uma etapa classificatória, garantindo a equivalência de pesos conforme o previsto no edital original.
Reintegração dos Candidatos de Cotas Raciais
Grande parte dos 32.260 candidatos reintegrados ao concurso estava relacionada à correção de provas discursivas para candidatos de cotas raciais, cujo número foi inferior ao estipulado no edital e na Instrução Normativa MGI nº 23/2023. Com o novo acordo, essas correções serão ajustadas para cumprir as exigências legais e normativas.
Onde Acompanhar Mais Informações
Os candidatos interessados devem acompanhar o andamento do processo seletivo no portal oficial do MGI, onde todas as atualizações e comunicados sobre o Concurso Nacional Unificado serão publicados.