A realização de um novo Concurso Nacional Unificado (CNU) foi oficialmente confirmada pela ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, em 4 de fevereiro de 2025. Durante entrevista coletiva, a ministra afirmou que estudos estão sendo conduzidos para viabilizar a segunda edição do certame ainda neste ano.
“Estamos fazendo uma análise bastante detalhada. Fizemos um dimensionamento da força de trabalho em vários Ministérios para identificar onde há maior necessidade de servidores”, explicou Dweck.
Áreas Contempladas no Novo CNU
O próximo CNU deve abranger cargos na área Administrativa, que apresenta um grande déficit de servidores. Além disso, duas carreiras transversais serão incluídas:
- Defesa, Justiça e Segurança;
- Desenvolvimento Socioeconômico.
Os aprovados nessas carreiras poderão atuar em diferentes órgãos do Poder Executivo Federal. Para viabilizar essas oportunidades, o MGI busca um acordo com o Congresso para autorizar o novo CNU antes da publicação das leis de regulamentação dessas carreiras.
Além disso, novas autorizações para concursos federais devem ser anunciadas em breve. Alguns órgãos já receberam autorização oficial e devem publicar seus editais ainda em 2025.
Órgãos que já Confirmaram Participação no Novo CNU
Até o momento, os seguintes órgãos aderiram ao novo CNU:
- Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) – 20 vagas para Pesquisador (nível superior), salário inicial de R$ 5.307,03;
- Fundação Biblioteca Nacional – 14 vagas de nível superior, com salários de até R$ 8.314,20;
- Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) – 10 vagas para Engenheiro;
- Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) – 28 vagas distribuídas entre Analista I e Técnico em Assuntos Culturais.
O Ministério da Fazenda e o Ministério da Saúde ainda avaliam a adesão ao novo CNU. Por outro lado, órgãos como SUSEP (Superintendência de Seguros Privados) e o Instituto Benjamin Constant rejeitaram a participação.
Panorama do 1º CNU
A primeira edição do Concurso Nacional Unificado ofertou 6.640 vagas para 21 órgãos do Executivo Federal, distribuídas em 8 blocos temáticos:
- Bloco 1 – Infraestrutura, Exatas e Engenharias: 727 vagas;
- Bloco 2 – Tecnologia, Dados e Informação: 597 vagas;
- Bloco 3 – Ambiental, Agrário e Biológicas: 530 vagas;
- Bloco 4 – Trabalho e Saúde do Servidor: 971 vagas;
- Bloco 5 – Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos: 1.016 vagas;
- Bloco 6 – Setores Econômicos e Regulação: 359 vagas;
- Bloco 7 – Gestão Governamental e Administração Pública: 1.748 vagas;
- Bloco 8 – Nível Intermediário: 692 vagas.
Os salários iniciais variaram entre R$ 5.866,69 (Técnico do IBGE) e R$ 22.921,71 (Auditor Fiscal do Trabalho). As provas foram aplicadas em 18 de agosto, contando com 2,1 milhões de inscritos, embora mais de 40% dos candidatos não tenham comparecido ao exame.